Acompanhando os noticiários da quebra de sigilo na Receita Federal, nas vésperas das eleições 2010, é impossível não relembrar o episódio do "aloprados" no pleito de 2006.
Quem não se recorda, quando em 2006, alguns petistas foram presos com uma quantidade vultosa em espécie - bela foto, que acompanha o post - supostamente para a compra ou produção de um dossiê contra o candidato ao governo de São Paulo.
O presidente, e então candidato a reeleição, apareceu indignado se dizendo traído e enganado, já que alguns dos envolvidos eram íntimos a ele. Apesar de toda indignação o assunto se perdeu no tempo e até hoje ninguém foi punido ou apareceu para reclamar a propriedade do dinheiro apreendido e não se fala mais nisso.
Agora na campanha de 2010, 4 anos após o escândalo do "aloprados", assistimos a quebra de sigilo fiscal, na Receita Federal, de vários políticos do PSDB e da filha do principal canditado da oposição.
Mesmo com todas as evidências da quebra e dos esforços para o acobertamento dos fatos dentro da própria Receita, ninguém foi afastado, responsabilizado ou algo parecido.
E o presidente, aquele mesmo indignado de antes, se recusa a comentar as evidências e se comporta como se não tivesse nada haver com isso.Foi justamente o que fez em Foz de Iguaçu, quando perguntado sobre o escândalo na Receita.
No evento, para conselheiros tutelares, ele aproveitou para fazer críticas a TV ao invés de responder sobre seu próprio governo.
"Dá para contar na minha mão de quatro dedos quantos programas educativos existem hoje na TV. É só sexo. Sexo às sete da manhã, sexo ao meio-dia, sexo à noite" - disse Lula, que foi ainda mais duro no ataque:
"- Não temos uma TV que eduque as pessoas no país."
Ele é a prova viva e irrefutável disso, portanto deve agradecer, e muito, a TV pelos serviços prestados a sua imagem e de seu governo.
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