sexta-feira, 28 de junho de 2013

Lembra-te que és mortal



Após obterem algum êxito, muitas pessoas passam a acreditar que são mais do que realmente são, neste momento é interessante quando surge alguém e mostra qual a verdadeira realidade.

Quando, esse alguém, é um um professor, não há como não aproveitar a lição. Após realizar algumas provas, lembrei do texto a seguir e agradeço dois professores, em especial, que me fizeram voltar a realidade. 

Extraído do livro – Qual é a Tua Obra? De Mário Sérgio Cortella – Inquietações propositivas sobre gestão, liderança e ética. “Um poder que se serve, em vez de servir, é um poder que não serve”.

“Os romanos da Antiguidade tinham um hábito muito importante: todas as vezes que um general, um líder importante, voltava de uma dura batalha com uma retumbante vitória, ele entrava na cidade de Roma e tinha que deixar o exército do lado de fora, num grande campo aberto, que era chamado de Campo de Marte – dedicado ao deus da guerra. O general subia numa biga, aquele carro de combate com dois cavalos, conduzida por um escravo. O líder se apoiava na lateral da biga para ser aclamado pelo povo. E atravessava toda a cidade de Roma até o senado, onde seria agraciado com a maior honraria que um general poderia receber naquela época: uma bandeja com folhas de palmeiras em cima. Era uma honra inacreditável. Tanto que, contam os cristãos, no Domingo de Ramos se fez um tapete com folhas de palmeiras para Jesus de Nazaré. Qual o outro nome que a gente dá em português para uma bandeja de prata? Salva. Portanto, o general ia receber no senado uma salva de palmas. Com o tempo, a salva de palmas foi substituída por “aplausos”, dado que as nossas mãos parecem mesmo com folhas de palmeira.

O general ia em direção ao senado e, por lei, um segundo escravo acompanhava a biga a pé.

Esse segundo escravo tinha uma obrigação legal: a cada quinhentas jardas, ele tinha que subir na biga e soprar no ouvido do general a seguinte frase: “Lembra-te que és mortal”. A biga se deslocava mais quinhentas jardas, e ele sussurrava novamente o alerta.

Já imaginou? Tem gente que precisaria de alguém com cargo e função que, ao menos uma vez por semana, grudasse nele e dissesse: “Lembra-te que és mortal”.

Isso serve para nós, humanos, que muitas vezes nos orgulhamos de um poder estranho, o poder sobre a natureza, o de domar os rios, o de construir, o poder sobre as pessoas. A finalidade central do poder é servir. Um poder que se serve, em vez de servir, é um poder que não serve. Uma das questões centrais da ética é regularmos as nossas relações de maneira que o poder possa servir em vez de se servir. Nós somos um animal tão arrogante que nem aceitamos sermos chamados de animal. Algumas pessoas acham que tem “gente que vale” e “gente que vale menos”: minigente, nanogente, subgente. Gente que é menos, por causa da cor da pele, do sotaque que usa, do dinheiro que carrega, da escolaridade que tem, do cargo que ocupa, do país que nasceu, da religião que pratica.

Quando alguém tem essa postura, o reflexo na ética é muito forte. Ética não é uma fachada que você ou eu usamos. Quando uma pessoa discute ética, quando uma empresa traz o tema à tona, ela manifesta uma coragem em assumir que a discussão sobre ética não é uma discussão cínica, na qual fingimos aderir. É uma coisa séria. Afinal de contas, se estamos falando em ética, estamos falando na capacidade de supormos que existem relações entre as pessoas que têm de preservar a dignidade do outro e a sua própria dignidade.

O que é um ser humano? Quem somos nós? Quem sou eu para dizer assim: “Sabe com quem está falando?” Quem sou eu para achar que posso fazer o que eu quiser nos negócios, na política? Quem sou eu para achar que posso praticar a corrupção, o desvio, a quebra de ética? Quem sou eu para achar que sou mais e, os outros, menos?

Há pessoas que apequenam a vida, apequenam com o preconceito, apequenam com a arrogância, apequenam com a venda da própria alma. O que você responde quando alguém pergunta: “Você sabe com quem está falando?” Qual seria uma resposta possível? Poderíamos responder o que é um ser humano? Há várias respostas, uma delas, a clássica, de Aristóteles, do século IV A.C.: “O homem é um animal racional”. Ou Pascal, do século XVI, que disse: “O homem é um caniço pensante”, uma coisa frágil e volúvel pensante, ou a definição de que mais gosto, que é de Fernando Pessoa, que diz: “O homem é um cadáver adiado”.

A ética é a proteção da integridade, é a capacidade de ter princípios. A ética é a capacidade de saber, sim, que dilemas vivemos – na família, no trabalho, na empresa, na concorrência -, mas que isso está ligado aos princípios que nós defendemos.

É preciso colocar em destaque uma frase do grande beneditino francês, que escreveu Gargântua, Pantagruel, no século XVI, François Rabelais, que disse: Conheço muitos que não puderam quando deviam porque não quiseram quando podiam”.

Se a gente pode e a gente quer, a gente deve”.

Acrescentamos, apenas à guisa de conclusão, a grande frase do filme “Casa de Espíritos”: “Morrer todos nós vamos um dia. O doce segredo da vida é viver, e viver com dignidade”.

quarta-feira, 26 de junho de 2013

Manifestações, o despertar.


Nesses últimos dias foi interessante observar, principalmente entre os mais jovens, o despertar dos brasileiros para os problemas na política nacional e, principalmente, assistir eles saírem as ruas em belas manifestações contra "tudo que está ai".

Acompanhar o espetáculo proporcionado por milhares de pessoas que nunca haviam se interessado por política e que, de repente, se tornaram guardiãs da Constituição e do Hino Nacional (mesmo que não saibam muito bem a letra), é surpreendente. 

Entre os jovens, tal apoio comprovei através de uma conversa que tive com um grupo de adolescentes, todos fervorosos apoiadores das manifestações, enquanto elas eram noticiadas nos telejornais.


As perguntas e os comentários não cessavam: "Quando será a próxima, aqui na cidade?", "Olha, o povo está certinho", "Como faço para organizar uma?", "Olha, que dá hora", entre tantas outras frases de apoio.

O único fato que me deixa chateado, é saber que esse grupo, tão interessado em aderir as manifestações contra "tudo que está ai", está impedido de ir as ruas por estarem cumprindo uma medida socioeducativa. Mas é interessante saber que as ruas estão lotadas de outros jovens com a mesma mentalidade. 

domingo, 23 de junho de 2013

Unifran, de cara nova.


Surgiu a primeira mudança, visual, após a Cruzeiro do Sul Educacional confirmar a compra da Unifran. Quem acessar o site da instituição, já encontrará o novo logotipo da Universidade.


Os alunos, que são um pouco mais observadores, devem ter notado algumas movimentações diferentes pelo campus da Universidade após a divulgação da negociação, para ficar apenas em um exemplo: na semana de provas a movimentação de pessoas catalogando e avaliando o conteúdo da biblioteca era bem interessante.

O responsável pelo expansão do grupo que efetuou a compra, em entrevista ao jornal local, anunciou investimentos de R$ 5 milhões para os próximos dois anos. Agora, cabe aos alunos esperarem e, principalmente, participarem para que o novo grupo consiga fazer da Unifran uma Universidade cada vez melhor.




sexta-feira, 21 de junho de 2013

Debate sobre a Maioridade Penal em Franca. CANCELADA.


Não sei qual a razão, mas cheguei a imaginar que as manifestações contribuíram para tal mudança.




OAB suspende regras que limitavam serviços gratuitos de advocacia


Surgiu a oportunidade dos alunos que são contra o capitalismo trabalharem com liberdade, depois de formados e aprovados na Ordem, já podem montar um escritório exclusivo "pro bono". 

Fonte: FOLHA


A OAB (Associação dos Advogados do Brasil) suspendeu nesta segunda-feira (17) as regras que limitavam o exercício da advocacia gratuita no país. A presidência da entidade enviou às 27 seccionais do órgão um ofício com a decisão.

A proibição à chamada advocacia "pro bono", que é gratuita, foi instituída pela regional da OAB em São Paulo em 2002. Anos depois, houve um questionamento ao órgão dizendo que a competência da decisão deveria ser federal e que, por isso, a determinação não poderia ser tomada na esfera estadual.

O processo sobre o tema ficou tramitando internamente na OAB por anos até que o relator do caso no Conselho Federal da entidade, Luiz Flávio Borges D'Urso, suspendeu em caráter provisório as regras que proibiam o exercício gratuito da advocacia.

É essa a decisão que, agora, foi efetivada pelo presidente da OAB, Marcus Vinícius Furtado. Ele também nomeou membros do órgão para compor uma comissão para estudar o caso e chegar a uma resolução definitiva.

Segundo Furtado, o grupo deve chegar a um resultado --com novas normas para regular a advocacia "pro bono"-- até o final do semestre.

POLÊMICA

A suspensão da advocacia "pro bono" não visava restringir o exercício de advocacia em causas coletivas, familiares ou de caráter esporádico --o que nunca foi proibido.

A polêmica por trás da questão gira em torno da prestação de auxílio gratuito por departamentos de escritórios de advocacia de forma institucionalizada.

Os opositores desse tipo de atendimento temem que escritórios possam transformar a defesa gratuita em uma espécie de advocacia de segunda classe usada para treinar profissionais iniciantes. Também têm o receio de que isso possa enfraquecer a defensoria pública, instituição responsável por fornecer assistência jurídica a pessoas carentes de graça.

O presidente da OAB, no entanto, afirma que a regulamentação do tema por uma comissão visa estabelecer regras para garantir que os pobres tenham um atendimento de qualidade.

Ele diz ainda que as normas devem conciliar a prestação gratuita de serviços de advocacia de escritórios privados com o trabalho da defensoria pública. "Atividade deve ser complementar, não concorrente", afirma Furtado.

quinta-feira, 20 de junho de 2013

Curso Preparatório para Concursos Públicos - Grátis.


Tudo bem que os brasileiros tem mania de reclamar, com razão, da quantidade em impostos que pagamos, mas sabemos, também, que boa parte da população sonha em ingressar em algum cargo público. Assim a conta não fecha, um Estado gigante precisará sempre de muito dinheiro.

Mas como a postagem não é sobre política, a revista VEJA está com um curso preparatório para concursos, feito on-line, com aulas e possibilidade de interagir com os professores, a minha primeira impressão é que parece interessante.

Segue o calendário das aulas e o LINK, para quem tiver interesse.



quarta-feira, 19 de junho de 2013

Que Planeta estavam?


Sou a favor de toda e qualquer manifestação pública, desde que não ocorra nenhum ato ilegal. Agora, agressão a policiais, depredação de patrimônio público, agressões a repórteres etc, isso não é manifestação é crime.

É legal ver tanta gente na rua, embora muitos nem saibam as razões que levaram outros a estarem no mesmo lugar. A minha maior curiosidade, é saber em que planeta essas pessoas estavam vivendo, afinal tais manifestações em muitas datas pontuais seriam muito mais eficazes. Alguns exemplos:


Fonte: Globo Esporte

30/10/2007 - 12h37


Oficial! A Copa do Mundo é nossa


Comitê Executivo da Fifa anuncia o Brasil como sede do Mundial de 2014


A Copa do Mundo é nossa! Depois de mais de cinco décadas de espera, o Comitê Executivo da Fifa confirmou nesta terça-feira, na sede da organização, em Zurique, na Suíça, o Brasil como sede da Copa do Mundo de 2014.

Após confirmar a Alemanha como sede do Mundial Feminino de 2011, o presidente da Fifa, Joseph Blatter, fez o tão aguardado anúncio abrindo o envelope com o resultado da votação por volta de 12h36m (de Brasília). Todos os 20 membros do Comitê Executivo da Fifa votaram a favor da candidatura do Brasil. (...)

Fonte: Estadão


03 de janeiro de 2013 | 15h 45


Condenado no mensalão, Genoino assume mandato de deputado


Ex-presidente do PT e mais 14 suplentes tomaram posse no lugar de parlamentares que deixaram cargos para assumir prefeituras


BRASÍLIA - O ex-presidente do PT José Genoino, condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) na ação penal do mensalão, assumiu nesta quinta-feira, 3, o mandato de deputado federal em meio à polêmica em torno da decisão do Supremo de cassar os mandatos de parlamentares condenados no processo. (...)


Isso só para ficar em, apenas, duas datas específicas.

quarta-feira, 12 de junho de 2013

Debate sobre a Maioridade Penal em Franca.


Um evento muito interessante, farei um esforço para comparecer e saber o que pensam as autoridades e políticos de nossa região. Talvez, se possível até levantar alguns pontos interessantes que talvez os presentes ignorem.




O deputado federal Dr. Marco Ubiali (PSB/SP) está organizando uma audiência pública para debater a redução da maioridade penal. O evento será realizado na UNESP Franca no dia 24 de junho, às 19 horas e deve reunir diversas autoridades para discutir o assunto. O diretor da UNESP Franca, Fernando Fernandes, e o promotor de Justiça, Paulo Borges, já confirmaram presença.

PARTICIPE!



segunda-feira, 3 de junho de 2013

Alunos forçados a deixarem a Universidade por "cola".


Fonte: UOL

Após escândalo de 'cola' entre alunos, reitora de Harvard renuncia.


A reitora de graduação da Universidade de Harvard, que estava no centro de uma polêmica sobre buscas de contas de e-mail após um escândalo de "cola" entre estudantes, renunciará e voltará a ensinar, anunciou a faculdade da Ivy League.

Evelynn Hammonds, primeira negra e primeira mulher a ocupar este cargo, terá um ano sabático a partir de 1º de julho, antes de retornar a um posto de professora nos departamentos de História da Ciência e Estudos Afroamericanos, informou a universidade em seu site.

Hammonds disse que estava "à espera de replanejar minhas aulas diante das novas tecnologias e formas de ensino, e estou ansiosa para voltar as minhas aulas e à pesquisa sobre raça, genômica e gênero na ciência e na medicina".

A funcionária foi citada pelo The New York Times negando que sua saída tivesse relação com os rastreamentos secretos em contas de e-mails de subalternos no âmbito do escândalo da "cola".

"Nunca me pediram para renunciar", disse. "Estive conversando para voltar ao plano acadêmico e para minha pesquisa por algum tempo", afirmou.

O controle clandestino dos e-mails - que Hammond diz ter aprovado como parte de uma investigação interna para averiguar quem vazou a notícia da "cola" em uma prova do ano passado - foi divulgado em março.

O escândalo envolveu 70 estudantes, que foram forçados a deixar a faculdade por colaborar ou colar em uma prova em 2012.