Um colega esteve no meu trabalho afim de resolver alguns problemas particulares, enquanto aguardava a chegada de seu interlocutor, relatou o atual periodo de turbulência que estava passando em sua vida.
O pai, que é cardiaco, foi submetido a uma cirurgia de emergêrcia, a irmã estava transtornada, pois acabou exposta a imagem do pai entubado, quem já passou pela experiência sabe o quanto é desesperadora, a mãe fragilizada pelo risco de perder o companheiro e ele se dividindo entre a atenção a elas e as noites no hospital, afinal é o único do sexo masculino, portanto que pode passar a noite com o pai.
Sei, infelizmente, como é passar por essa triste situação, para um garoto de 18 anos acredito ser ainda mais complicado.
Logo que acabou seu breve relato a pessoa que ele procurava o atendeu e ele se despediu, acredito que entre a chegada e a saída ele tenha ficado pouco mais de quinze minutos, e ao chegar a rua a surpresa, sua moto havia sido furtada.
Saber que não vai aparecer ninguém para ajudar esse rapaz a recuperar sua moto e nem para lhe prestar algum auxílio, e ainda, caso o autor seja preso, o marginal terá um incontável número de pessoas que o defenderam alegando que ele é fruto de uma sociedade que o excluiu, é no mínimo revoltante.
As teorias humanistas para um país mais justo, políticas de reeducação de presos, direitos humanos etc são admiráveis, mas para nós da sociedade que sentimos a violência na pele diariamente são necessárias medidas práticas e imediatas e não as falácias que tanto ouvimos.
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