sexta-feira, 30 de março de 2012

Manual de calouros dita "obrigação sexual" de aluna.

O Brasil deve ser o único país em que piadas são o único fator que desperta a revolta e a indignação em seus cidadãos.  

Fonte: Folha
JEAN-PHILIP STRUCK
DE CURITIBA

Um “manual de sobrevivência” que afirma que garotas têm a obrigação de “dar” causou indignação ao ser distribuído por um grupo de alunos de direito da UFPR (Universidade Federal do Paraná) para calouros do curso.

O livreto “Como cagar na cabeça de humanos”, cujo título faz referência aos pombos que vivem no teto da sede da faculdade de direito, tem oito páginas.

Nele, entre dicas sobre os melhores lugares para beber na região, há um tópico que promete mostrar ao calouro como “se dar bem na vida amorosa utilizando a legislação brasileira”.

Segundo o manual, se uma garota prometer “mundos e fundos (principalmente fundos)” e der apenas um beijo, o calouro deve citar o artigo 233 do Código Civil para conseguir fazer sexo.

“Obrigação de dar: ‘a obrigação de dar coisa certa abrange os acessórios dela embora não mencionados’”, segundo o artigo.

Afirma ainda que, se uma garota disser “vamos com calma”, o aluno deve dizer “não pode o devedor obrigar o credor a receber parte em uma prestação e parte em outra”, segundo um trecho do artigo 252. E conclui: “Ela vai ter que dar tudo de uma vez”.

CENTRO ACADÊMICO

O material foi produzido pelo PDU (Partido Democrático Universitário), grupo que até 2011 comandava o centro acadêmico local, e começou a ser distribuído neste mês.

Ele acabou despertando a ira de grupos feministas e de esquerda da UFPR, que o acusaram de ser “machista” e de incitar a prática de estupro. O curso tem 1.100 alunos.

Uma nota de repúdio foi publicada anteontem na internet pelo PAR (Partido Acadêmico Renovador), que comanda atualmente o centro acadêmico, e outros quatro grupos da universidade.

Para a aluna Maine Tokarski, 20, o manual dá a entender que as mulheres são um objeto que pode ser “usado”. “Ninguém aceita uma piada racista, então por que aceitar uma contra as mulheres?”

Os alunos que se sentiram ofendidos iriam decidir ontem à noite se fariam uma queixa contra os autores à direção da faculdade.

A reportagem não conseguiu localizar os diretores da faculdade para comentar o caso. Os autores do manual foram procurados, mas não responderam ontem aos recados deixados pela Folha.

“Homem com vinte e poucos anos não sabe, como dizia Nelson Rodrigues, dar bom dia a uma mulher. Mas não vi coisa grave no manual”
XICO SÁ
colunista da Folha, autor de “Modos de Macho & Modinhas de Fêmea”

“Foi uma brincadeira de extremo mau gosto, machista e dá a entender que a mulher está à disposição como coisa ‘estuprável’”
PRISCILLA BRITO
assessora técnica do CFêmea, centro feminista de estudos e assessoria

“É uma tiração de sarro feita por garoto. Entendo que a mulher possa se sentir ofendida, mas prefiro crer que um universitário tem inteligência para não levar isso tão a sério”
GRACE GIANNOUKAS
atriz e comediante

“Foram indelicados, cafajestes e broxantes. Quem pensa assim nunca terá mulher gostosa. Respeitar a vontade dela é fundamental”
OSCAR MARONI
empresário da noite, dono da boate Bahamas, lacrada em 2007 em SP


sábado, 24 de março de 2012

40º Semana de Estudos Jurídicos da Faculdade de Direito de Franca. (de 26 a 30 de março de 2012)

Acontece entre os dias 26 e 30 de março a Semana Jurídica da Faculdade de Direito de Franca, mais uma oportunidade para os alunos aumentarem seus conhecimentos e completarem as horas de atividades, necessárias para a conclusão do curso.

domingo, 11 de março de 2012

XVI Semana Jurídica da Universidade de Franca.


Após dois anos sem uma jornada jurídica a Unifran volta a realizar entre os dias 19 e 23 de março de 2012 sua Semana Jurídica.

A programação completa e a ficha de inscrição você encontra no site da própria Universidade de Franca.

Confirme a programação e faça sua inscrição agora CLICANDO AQUI.
 

sábado, 3 de março de 2012

Direitos Humanos são para todos.


Estava lendo os artigos que compõem a Declaração Universal dos Direitos Humanos e fazendo uma pequena comparação, do texto com as atuações que já vi as entidades representantes de tais direitos no Brasil se manifestarem.

Embora encontramos o texto: "que o reconhecimento da dignidade inerente a todos os membros da família humana e de seus direitos iguais e inalienáveis é o fundamento da liberdade, da justiça e da paz no mundo" no preâmbulo da Declaração, na prática assistimos a algo bem diferente.

Infelizmente de tempos em tempos no Brasil é divulgado a morte de crianças em alguma maternidade pelo país, embora o artigo I da Declaração: "Todas as pessoas nascem livres e iguais em dignidade e direitos...", nunca vi um Comitê dos Direitos Humanos averiguarem tais notícias nos hospitais.

O artigo II da Declaração traz no seu texto: "Toda pessoa tem direito à vida, à liberdade e à segurança pessoal.", impossível não perceber que nunca encontramos representantes dos Direitos Humanos prestando algum auxílio aos familiares de vítimas de homicídio, sequestros ou de outras violências tão comuns em nosso cotidiano.

Talvez seja interessante, com base no artigo XVII "1. Toda pessoa tem direito à propriedade...", as entidades ligadas aos Direitos Humanos exigirem ações do governo tendo em vista o aumento do número de delitos que impedem o gozo pleno da propriedade no país.

Exemplos da falta de atuações de tais entidades não faltam, mas o que realmente chama a atenção são os momentos em que tais comitês aparecem e como tornam um bem inalienável a todos totalmente inexistente a um tipo de humano, os que trabalham diretamente na segurança pública.

Os representantes dos Direitos Humanos surgem com frequência quando aqueles que estão privados de liberdade, justamente por não terem respeitados leis, estão, supostamente, tendo seus direitos cerceados.

Policiais, delegados, carcereiros, agentes etc. são feridos e até mortos durante o trabalho e as entidades de Direitos Humanos nunca se manifestam sobre condições de trabalho e segurança desses profissionais. A impressão que tais entidades passam é que um bem indisponível se torna disponível pelo simples fato de alguém ter prestado um concurso.

Já passei daquele fase da ignorância de dizer que "Direitos Humanos são uma vergonha etc etc etc", mas quem se propõe a defendê-los e divulgá-los deveria lembrar que são PARA TODOS e não apenas para criminosos.

quinta-feira, 1 de março de 2012

Professor, Acir de Matos Gomes, lançara livro, em Franca, no dia 20/03.


Esta postagem é apenas para ninguém argumentar que ficou sabendo de última hora.