É cada dia mais comum ouvirmos discursos politicamente corretos que condenam os membros da sociedade pelos preconceitos nela existentes, como se eles não fossem presentes em todos os seres humanos. É no mínimo surreal tentar acreditar que exista alguma pessoa isenta de todo e qualquer pensamento que não seja visto por alguma outra pessoa como preconceituoso, afinal ninguém acha tudo normal.
Quando começam a usar ou criar leis para combater preconceitos flerta-se na tênue linha que separa a liberdade individual do direito das minorias.
No episódio recente em que o deputado Jair Bolsonaro expressou sua opinião, não interessa aqui se é boa ou não e sim o fato de ser a dele, e os mais exaltados chegaram a considerar que ele deveria ter o mandato cassado, como se os políticos não fizessem coisas muitas piores, ele expressar o que é o pensamento dele não pode ser considerado errado, afinal a expressão de pensamento é livre.
Não aceitar que alguém diga que não gosta de algo, é contra determinado comportamento etc., não seria também preconceito?
Fazendo uma pequena analogia entre uma pessoa tida como preconceituosa e um torcedor de futebol. Não podemos comparar um torcedor que em um bar diz odiar, ter nojo, raiva, vergonha etc. de outra torcida ou time rival, com aquele que programa confrontos entre torcedores na internet e nas ruas e estádios agride os rivais, no momento que deixou apenas de opinar, sim podemos dizer que ele está ferindo o direito alheio.
O conceito de igualdade ensinado por Ruy Barbosa “tratar desigualmente os desiguais, na medida das suas desigualdades” não pode ser distorcido a ponto de fazer com que as minorias acabem se tornando beneficiários de um sistema que busca a igualdade. Exemplo disso é q petição impetrada pelo deputado Jean Wyllys propôs que a Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara realizem uma inspeção nos presídios do Rio de Janeiro. O objetivo é apurar as denúncias de violência contra gays, travestis e transexuais nas cadeias fluminenses. O requerimento de Wyllys está na pauta da comissão.
Com certeza o mais importante nessa tênue linha da liberdade versus o preconceito seja as palavras do filósofo francês Voltaire "Posso não concordar com nenhuma das palavras que você diz, mas defenderei até a morte seu direito de dizê-las."
Os cidadãos, que alguns classificam como partes de uma minoria, não devem ser respeitados por suas características e sim pelo simples fato de pertencerem a uma sociedade onde todos devem ser iguais em direitos e obrigações.
Compartilho da mesma opinião. Hoje em dia, as pessoas tem a fé cega de que tudo se resolve criando leis, e não é bem assim. A maior reforma judiciária seria obedecer as leis já existentes...
ResponderExcluirAh, The Doctor tem um selo pra você lá meu blog.
Abçs.