Fonte: Local
Ela afirma que levou soco de estudante após discussão durante uma prova.
Aluno, que é policial militar, fez registro de injúria na delegacia.
A Polícia do Rio investiga uma confusão entre a professora universitária de Direito Civil Sylvia Fairbanks e um aluno, na faculdade Unisuam de Campo Grande, na Zona Oeste. A professora acusa o estudante, que também é cabo da Polícia Militar, de ter lhe dado um soco no rosto após uma discussão na última quinta-feira (28). Já o estudante abriu um registro de injúria contra Sylvia, alegando que ela o teria chamado de burro.
A briga aconteceu por volta das 18h30 de quinta, quando a professora se preparava para aplicar uma prova de Direito Civil. “Antes da prova eu checo todos os livros de Código Civil para evitar colas. O livro de dois alunos estavam com anotações indevidas. Os livros ficaram comigo, e o estudante me ameaçou, dizendo: ‘Essa p.. não funciona aqui assim, não. Se você não me devolver o meu código, você vai ver o que acontece’, levantou e me deu um soco”, contou Sylvia.
Segundo ela, após a agressão, ela foi retirada da sala por sua assistente e encaminhada para a sala de professores. De acordo com a Polícia Civil, Sylvia prestou queixa na Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam-Oeste), depois de passar pelo Hospital Rocha Faria, também em Campo Grande.
“Metade da turma ficou a meu favor, a outra metade contra mim. Os alunos estavam revoltados porque acharam que a prova estaria difícil. Depois que ele me bateu, ele abriu as calças e mostrou a genitália. Eu não consegui ver arma de fogo, não sabia que ele era PM. Mas um aluno disse que viu que ele estava armado”, contou a professora.
Versão do estudante
De acordo com a Polícia Civil, o estudante e cabo da PM abriu um registro de injúria na 35ª DP (Campo Grande) alguns dias depois da confusão. À polícia, ele afirmou ter sido chamado de burro e disse que a professora o teria acusado de estar colando na prova. Segundo ele, os dois discutiram e ele teria tentado tirar o livro das mãos dela. Durante a confusão, ela teria caído no chão.
“Eu fui ao Rocha Faria e o médico disse que eu tinha um trauma facial no lado esquerdo. Tive que fazer tudo sozinha, não tive apoio da faculdade. Eu esperava que a instituição expulsasse esse estudante, mas nem me ligaram ainda. O coordenador não concorda com as minhas atitudes”, disse.
Universidade avalia situação
O G1 entrou em contato com a Unisuam de Campo Grande. Os responsáveis informaram que o núcleo de apoio psicológico e pedagógico da instituição está avaliando a situação e, em breve, a faculdade vai divulgar uma nota sobre o assunto.
Já a Polícia Militar informou que a professora supostamente agredida procurou a 2ª Delegacia de Polícia Judiciária Militar na terça (3) para registrar o ocorrido. O caso foi encaminhado para a Corregedoria Interna da Corporação, e o cabo envolvido na confusão encontra-se exercendo funções administrativas na sua unidade até a conclusão da apuração do fato.
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