Dois casos de antecipação de julgamentos, feito pela imprensa, e de grande comoção social que depois os culpados, na verdade, eram somente vítimas da incompetência do Estado.
Difícil imaginar o tamanho da dor de uma mãe que perde um filho, agora imagine, perder e ainda ser acusada, injustamente, pela morte.
Foi justamente o que aconteceu à Daniele Toledo. Quando sua filha Victória, de 1 ano e três meses, morreu de causa desconhecida.
Um pó branco, encontrado no pescoço e na mamadeira da criança, logo divulgado como sendo entorpecente. A mãe acusada de provocar a morte da filha, administrando-lhe uma mistura de leite com cocaina.
Foi presa no mesmo dia do enterro da filha. Nacionalmente conhecida como "monstro da mamadeira" foi espancada na prisão, teve seu maxilar quebrado, tínpano perfurado entre outros ferimentos.
Após passar 37 dias presa, foi solta com base em um laudo que confirmou não ser cocaina o pó encontrado.
Outro caso emblemático é o da Escola Base em São Paulo. Quando mães denunciaram que seus filhos sofriam abusos sexuais na escola.
As denúncias mal apuradas juntamente com a sede de sangue da imprensa, formaram o ambiente perfeito para que ficasse evidente a culpa, perante a opinião pública, dos proprietários da escola.
Com direito a apedrejamento ao prédio da escola, transmitido ao vivo pelos telejornais, os suspeitos foram humilhados e condenados pela população sem direito a nenhuma defesa, que dirá, uma justa.
Até hoje, dezesseis anos depois, os antigos proprietários lutam por indenizações e reparações dos danos, ou seja, lutam por justiça.
Nesses dois casos que citei a cobertura foi estilo "Caso Izabela", ou seja, era impossível não acompanhar o massacre. A seguir dois sites que falam mais sobre os dois casos:
Leia mais sobre o "Monstro da Mamadeira"
ou sobre "Escola Base"
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