sábado, 21 de junho de 2014

Racismo, alguém, realmente, lembra o que é isso?


Engraçado como o país consegue aceitar que poucos vivam as margens da lei, na verdade são muitas pessoas, mas falo aqui das pessoas publicamente foras da lei.

Há pouco tempo uma aluna de Direito, se não me engano, foi processada e perdeu o estágio em um escritório de advocacia devido a um comentário preconceituoso em uma rede social.

Um apresentador de telejornal sofreu inúmeros ataques, após, sem saber que o microfone estava aberto, comentar sobre o glamour da profissão de gari, e é claro que existe glamour, afinal, todos almejamos tal profissão e é claro que ele agiu com preconceito, segundo os patrulheiros do politicamente correto.

Agora, vamos imaginar uma pessoa qualquer, seja um estudante, um jornalista ou qualquer outra pessoa, desde que não seja, um suposto defensor das classes menos abastadas, que vociferando em público, sobre um determinado assunto, proferisse uma frase assim: “ISSO É CULPA DESSES FAVELADOS...” ou, ainda, “São esses pretos de olhos cor de jabuticabas, os culpados”, "São esses nordestinos sem educação..." e se fizessem pior, tipo: “Essa elite preta não é o Brasil...”.

Aposto que automaticamente surgiriam políticos, atores, apresentadores, pesquisa nas ruas, onde todos clamariam por “justiça”, no mínimo, a prisão imediata do autor de tal crime.

Afinal, o Código Penal e a Constituição tipificam o racismo como crime, detalhe, um dos poucos que é considerado inafiançável.

Assista os dois vídeos a seguir, substituindo a palavra "elite" por "favelados" e "branca" por "preta":




Segundo a LEI Nº 7.716, DE 5 DE JANEIRO DE 1989. (Define os crimes resultantes de preconceito de raça ou de cor.)

Art. 1º Serão punidos, na forma desta Lei, os crimes resultantes de discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional.
(...)
Art. 20. Praticar, induzir ou incitar a discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional.
(...)"

Agora, cabe a nós, avaliar a quem interessa esses discursos e qual a diferença entre eles. 

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