quarta-feira, 25 de junho de 2014

O maravilhoso, e hipócrita, mundo virtual.



Com certeza você, ou alguém próximo, já comentou a respeito da hipocrisia que rola nas redes sociais e que caso as pessoas fossem, no mundo real, o que dizem ser no virtual, viveríamos no paraíso.

Mas eu comecei a reparar que não é necessário sair do Facebook, basta analisar as próprias paginas pessoais, com seus respectivos conteúdos, para perceber o quanto a coerência passa longe, vamos a alguns detalhes:

Estar no Facebook e criticar o capitalismo nem conta, esse é muito evidente;

Na timeline: critica o capitalismo, na foto do perfil: um selfie, pelo espelho, segurando um iPhone;

Na timeline: critica o imperialismo estadunidense, nas fotos: feliz em sua nova Harley Davidson;

Na timeline: criticas ao imperialismo norte-americano e a globalização, logo em seguida: na mesma timeline, um lindo post em inglês – língua que aprendeu e acha essencial treinar;

Na timeline: exibe o “amor da vida”, a “pessoa perfeita” uma perfeita love store etc. enquanto no in box: está cantando até a (o) melhor amigo (a) do perfeito (a) da timeline;

Na timeline: defensor dos excluídos, militante pelos mais pobres, contra as desigualdades, enquanto que nas fotos: o único pobre que, NÃO, aparece é o garçom, que pediram para tirar a foto no barzinho da balada;

Na timeline: frases religiosas, no in box: fala mal daqueles que comentaram a frase de forma que ela não aprovou;

Na timeline: os pobres do nordeste, os índios e outras mazelas pelo Brasil, nas fotos: viagens para a Europa e Disney.

Na timeline: defendem as mulheres que, afinal, "não são só peito e bunda", nas fotos: vestido curto, top, biquíni exibindo o corpo fruto ou de uma ótima genética ou de muita academia.

Para detectarmos os hipócritas das redes sociais, nem precisamos conhecer o individuo pessoalmente, afinal, não conseguem ser coerentes nem em relação a própria vida que criaram, manipulam e podem administrar livremente.

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