É impressionante o quanto somos acomodados, e pior, nem nos damos conta da real situação em que estamos, nos contentamos com tão pouco e ainda acreditamos que está tudo bem, que é normal etc.
E olha que nem estou falando das manifestações e dos absurdos que aprendemos a encarar com normalidade em nosso país. Estou apenas pensando em âmbito pessoal, mas precisamento no campo profissional.
Apesar de acostumado a ouvir algumas perguntas que deveriam me "acordar" para a vida, foi um chacoalhão de uma desconhecida que me trouxe a realidade, vamos aos fatos:
Toca meu telefone, a bina mostra um número que não conheço, para variar, não atendo, depois de 3 tentativas resolvo atender e descobrir quem quer tanto falar comigo:
"EU"
"Quem está falando?"
"Queria falar com quem?"
"Queria falar com quem?"
"Quero saber quem ligou para o meu marido."
(não existe nada mais ridículo que homem ou mulher que se sujeita a tal papel)
"Não sei quem ligou não, quem é seu marido? Qual é o nome dele?"
"Ele se chama fulano de tal."
"Ele se chama fulano de tal."
(coincidência trabalho com um homônimo)
"Por acaso ele trabalha na empresa tal?"
"Deus me livre, de jeito nenhum, tá doido."
TU TU TU TU TU TU TU TU
Fiquei olhando para o telefone, pensando em ligar de volta e explicar que pessoas, normais, trabalham lá, mas pensando bem: O problema não é o preconceito das pessoas e sim a falta de senso crítico e coragem quem nos faz se acostumar com o que aprendemos a achar "normal".
Maldita, zona de conforto.
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