A Lei Seca foi alterada, não se fala em outra nos jornais, como se todos os problemas do país se resumissem aos acidentes envolvendo motoristas bêbados.
Acabei de ver o caso de um homem preso por disparo de arma de fogo, ainda resistiu a prisão, esse homem estava livre graças ao indulto de Natal, como não tinha os R$ 2.500,00 arbitrados de fiança foi recolhido novamente e não poderá ficar com a família até o dia 02 de janeiro. É isso mesmo, se ele tivesse o valor da fiança, não perderia o indulto.
Agora a pouco foi publicado que José Genuíno, o ex-presidente do PT e condenado pelo STF, vai assumir o mandato de deputado, afinal ainda não ocorreu o trânsito em julgado da sentença.
Os estádios para a Copa do Mundo estão sofrendo pequenos ajustes nos custos, na casa dos milhões, o risco de apagões deixaram de ser apenas riscos.
Mas o importante são as mudanças na Lei Seca.
Fonte: Folha de São Paulo
A presidente Dilma Rousseff sancionou ontem mudanças na lei seca endurecendo a fiscalização da embriaguez ao volante. As alterações serão publicadas hoje no "Diário Oficial da União", e passam a valer imediatamente.
A proposta, aprovada na terça pelo Senado, torna válidos novos meios para identificar um condutor alcoolizado, além do bafômetro.
Há ainda uma alteração no Código de Trânsito Brasileiro que dobra a multa aplicada a quem for pego dirigindo embriagado: dos atuais R$ 957,70 para R$ 1.915,40, valor que pode dobrar em caso de reincidência em 12 meses.
O Planalto tinha até o dia 10 de janeiro para sancionar o projeto, mas a presidente acelerou o trâmite da lei para que as novas medidas passem a valer para as festas de fim de ano -quando há aumento do consumo de álcool e de acidentes.
NOVAS PROVAS
Entre os meios que passam a ser aceitos para comprovação da embriaguez estão o depoimento do policial, vídeos, testes clínicos e testemunhos. Essa parte da lei depende ainda de uma regulamentação do Contran (Conselho Nacional de Trânsito) e a previsão é que isso seja publicado nos próximos dias.
O agente de trânsito poderá ainda se valer de qualquer outro tipo de prova que puder ser admitida em tribunal.
Antes da mudança, era considerado crime dirigir sob a influência de drogas e álcool -a proporção é de 6 dg/L (decigramas por litro) de sangue-, mesmo sem oferecer risco a terceiros, e o índice só poderia ser medido por bafômetro ou exame de sangue.
Como ninguém é obrigado legalmente a produzir prova contra si mesmo, é comum o motorista se recusar a passar por esses exames, ficando livre de acusações criminais.
Além disso, a interpretação da lei vigente feita em março pelo Superior Tribunal de Justiça dizia que só bafômetro e exame de sangue valiam como prova. Na prática, isso enfraqueceu a lei seca.
Com a nova regra, o limite de 6 dg/L se torna apenas um dos meios de comprovar a embriaguez do motorista. O crime passaria a ser dirigir "com a capacidade psicomotora alterada em razão da influência de álcool ou outra substância psicoativa que determine dependência".
Ao condutor será possível realizar a contraprova, ou seja, se submeter ao bafômetro ou a exames de sangue para demonstrar que não consumiu acima do limite permitido pela legislação.
Ficam mantidas a suspensão do direito de dirigir por um ano para quem beber qualquer quantidade e o recolhimento da habilitação e do veículo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário