terça-feira, 29 de março de 2011

A morte faz surgir as qualidades e apagar os defeitos.


As duas opções mais fáceis para que as pessoas esqueçam todos seu defeitos e falem apenas de suas qualidades, mesmo que seja necessário criá-las, são: tornando-se evangélico - mas isso só vale para membros da mesma igreja, o restante não acredita - ou morrendo.

A única pessoa, que eu me lembro, que mesmo depois de morta continuou com seus defeitos foi o Tim Maia, apresentadores, jornalistas, radialistas etc. mesmo no dia do falecimento continuaram relatando as estripulias, que foram muitas, feitas por ele em vida.

Agora o homem íntegro, sensato, coerente, honesto, exemplo de vida, entre incontáveis qualidades é o ex-vice-presidente José Alencar, que faleceu hoje (29/03/2011).

Os indícios levam a crer que ele não foi dos piores políticos brasileiros, porém, analisando o nível dos nacionais não chega a ser um elogio. Exemplo de luta contra a doença ele foi, não me lembro de outra pessoa que lutou, com êxito, por tanto tempo.

Com essa avalanche de qualidades divulgadas na imprensa, poucos se lembraram que tão honrado homem foi o mesmo que se recusou a realizar um teste de DNA, para reconhecimento de uma suposta paternidade, alegando que a mãe da possível filha era "mulher reconhecidamente frequentada por vários homens”.

Rosemary de Morais, foi reconhecida filha de José Alencar graças a decisão do juiz José Antonio de Oliveira Cordeiro, da comarca de Caratinga (MG), após ele se recusar a fazer o exame de DNA. Conforme a lei, isso resultou em presunção da paternidade.

Um homem que agiu da mesma maneira que, em caso semelhante, o aclamado como Rei do Futebol agiu, não pode ser um homem tão íntegro como estão querendo nos fazer acreditar agora após sua morte.
José Alencar e Rosemary Morais/Reprodução

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