quarta-feira, 16 de março de 2011

Advogada detida em Prisão de Montenegro(RS).


Depois quando tentam criar mecanismos que coíbem as prerrogativas dos advogados alguns acham absurdo. Notícia absurda e que mostra o "labor" de alguns advogados.

Fonte: Jornal Zero Hora

A advogada que surpreendeu agentes penitenciários ontem (15) ao tentar burlar o sistema de segurança e repassar 28 aparelhos celulares a detentos da Penitenciária Modulada de Montenegro, no Vale do Caí, Luciana Kaliski Garcia, 36 anos, foi presa em flagrante.

Conduzida à Delegacia da Polícia Civil, ela assinou um termo circunstanciado por crime de menor potencial ofensivo e foi liberada.

Bacharel em Direito, Luciana tem escritório no bairro Moinhos de Vento, em Porto Alegre. Moradora de Cachoeirinha, ontem ela dirigiu uma caminhonete Tucson até a porta da penitenciária, passou pela administração do local, onde deixou o documento de identidade e o próprio celular e chegou ao parlatório, local reservado para a conversa com seus clientes.

Ela estava com uma pasta, uma bolsa, uma mochila e uma sacola – local onde, segundo a polícia, foram encontrados os aparelhos.

Era meio-dia, e ela pediu ao agente penitenciário que chamasse seu quinto cliente. No momento que o agente deu as costas para a sala, ela teria corrido até a cela onde os detentos aguardavam pelo atendimento.

Segundo a polícia, quando entregou a sacola com os aparelhos aos presos, ela acabou detida. O serviço de inteligência da Superintendência dos Serviços Penitenciários (Susepe) monitorava Luciana desde janeiro, quando recebeu informações de que a profissional estaria repassando os telefones.

– Causa surpresa ela se valer da prerrogativa de advogada para cometer um delito – diz o delegado regional do Vale do Caí, Ciríaco Caetano Filho.

Na delegacia, a advogada se negou a falar sobre o caso. Está prevista pena de três meses a um ano de detenção a quem ingressa, auxilia ou facilita a entrada de aparelhos telefônicos sem autorização legal em estabelecimento prisional. Penas de até dois anos são consideradas de menos potencial ofensivo e revertidas em multas ou serviços comunitários.

Ela será ouvida pela Justiça na próxima semana.

Depois da apreensão, a Susepe não fez pente-fino para tentar buscar novos aparelhos – já que os presos não chegaram a tocar neles, segundo o órgão. A superintendência diz que revistas de rotina são feitas semanalmente, nas quais têm sido recolhidos de seis a 10 celulares, em média.

Além dos aparelhos telefônicos, foram apreendidos ainda carregadores de bateria, fones de ouvido e chips de duas operadoras diferentes. Os aparelhos eram pré-pagos, o que torna mais fácil a habilitação.

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