domingo, 27 de março de 2011

Alguns francanos também lucram com golpe criado pelo Governo Federal.


Notícia da Folha de São Paulo de 26/03/2011: "Farmácia Popular tem fraudes de R$ 4,19 mi".

Quando o Governo Federal criou o programa "Farmácia Popular" qualquer pessoa que tenha o mínimo conhecimento da realidade sobre o mercado de medicamentos ou mesmo sobre a população, realmente, pobre do Brasil sabia que tudo não passava de um mero programa de marketing eleitoreiro e caro, para variar, aos brasileiros.

O programa consiste na venda de medicamentos, através das redes particulares de drogarias, com até 90% do valor subsidiado pelo Governo Federal, ou seja, a drogaria vende um medicamento que tem o preço tabelado em R$ 10,00, o cliente paga R$ 1,00 e o governo - nós - o restante.

A maioria da população enxerga o projeto como uma vantagem, mas não é.

Agora vamos a realidade: a população realmente de baixa renda - só de estar lendo esse texto você já não se encaixa em tal requisito - não possue R$ 1,00 para adquirir o medicamento, para essa classe é necessário a distribuição gratuita na rede pública.

Tirando a questão eleitoreira, o governo não teria razão para pagar 90% de um medicamento para a iniciativa privada, se com o mesmo valor ele poderia comprar mais medicamentos e distribuir sem ônus algum para o adquirente nas Unidades Básicas de Saúde.

Já ouvi algumas pessoas defenderem o projeto com a absurda argumentação: "adquirir o medicamento em uma farmácia particular de sua livre escolha, da dignidade ao cidadão de baixa renda", balela, pois o cidadão que tem o filho doente precisa, primeiro, do medicamento, qual a dignidade em poder escolher a drogaria sendo que não possui o capital necessário para sua compra?

Mas com a notícia divulgada nessa semana pela Folha entendi que para alguns, além do próprio governo, realmente o programa é benéfico, afinal olha que interessante:

"Somente em Franca (400 km de São Paulo), quatro farmácias foram descredenciadas neste ano por fraudes no programa. Juntas, segundo o ministério, elas causaram um prejuízo de R$ 2,42 milhões. Na cidade, o Ministério Público Federal investiga 11 drogarias."

O bom das leis brasileiras é isso, as empresas foram descredenciadas - então constataram as irregularidades - mas não foram fechadas e nem seus proprietários indiciados.

Espero que um dia a população aprenda a diferenciar ações benéficas de simples peças publicitárias apresentadas pelos políticos que estão no governo. 

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