sábado, 29 de janeiro de 2011

Políticos não são brasileiros.


Acompanhando pela imprensa as notícias dos mortos e desabrigados causados pelo descaso das autoridades, que alguns ainda insistem em tentar culpar a natureza, por todo o Brasil e principalmente no Rio de Janeiro, chama a atenção o quanto os veículos de comunicação gostam de ressaltar como os brasileiros são solidários.

Divulgaram várias doações de famosos: Daniel, cantor, mandou um caminhão de colchões; Cléo Pires e Rodrigo Santoro, atores, ambos organizaram almoços que acabaram servindo para arrecadar doações em dinheiro; Petkovic, jogador de futebol, levou mantimentos, entre inúmeros outros famosos que foram citados pela imprensa.

Existe também as doações enviadas de diversas partes do país. Um amigo, aqui do interior de São Paulo, que levou dois caminhões lotados de colchões e mantimentos, arrecadados na igreja do qual participa, até o Rio de Janeiro e ficou horrorizado com a tragédia vista de perto.

Os anônimos abastados que cederam Land Rovers e Helicópteros para ajudar no salvamento de pessoas e na distribuição das doações, juntamente com os que trabalham ajudando as vítimas, já que polícia, bombeiros, defesa civil etc não possuem contingente suficiente.

Um grupo de empresas, entre elas: MRV, RJZ/Cyrela, Gafisa, PDG, Rodobens e Rossi, vão construir 2000 casas para doar as vítimas da tragédia na região serrana do Rio.

O que me chamou a atenção foi que não encontrei nenhuma notícia sobre um único político que houvesse feito alguma doação, ou ao menos algo concreto para ajuda. O máximo que encontrei foram pedidos de colaborações de alguns, políticos, através do twitter.

Os partidos políticos que gastaram, para ocupar a presidência, ao todo, 289,2 milhões – em média, R$ 32,13 milhões por candidato. As campanhas de Dilma Rousseff (PT) – eleita presidente – e José Serra (PSDB) consumiram R$ 264,75 milhões: 91,54% do total de todos candidatos à Presidência. Não contribuiram com nenhuma doação.

O ex-presidente, que segundo seus seguidores, cotado a uma cadeira na ONU desapareceu, não apareceu para ajudar, muito menos com algum tipo de colaboração aos que tanto sofreram com as tragédias.

Avaliando tais diferenças, só podemos concluir que: se os brasileiros são realmente solidários, políticos não são brasileiros.


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