sábado, 7 de janeiro de 2012

Mês do mortos. (postagem de janeiro de 2011)


Estou repetindo a postagem do dia 20/01/2011 -Aqui. Quem está acompanhando o noticiário de Minas Gerais e da Região de Campos verá o quanto é atual, com pequenas mudanças que nada atrapalha no contexto.

Em um país que os governantes adoram criar nomenclaturas e com a tradição de vários meses de referência: fevereiro, carnaval; junho, festas juninas etc.
Em breve o governo deve anunciar a criação do "Mês dos Mortos".

As autoridades já trabalham com afinco nesse projeto, basta olhar a quantidade de mortos pelo país, principalmente no Rio de Janeiro, todos os anos durante o mês de janeiro. Durante as festas de final de ano é comum todos comentarem sobre as expectativas do Carnaval, mas antes dessa festa maravilhosa vamos conviver, e isso piora a cada ano, com os mortos de janeiro.

Teremos os deslizamentos e as enchentes por várias partes do país e sempre disputando quem provocará o maior número de mortos e desabrigados, esses que só serão menores que o número de medidas anunciadas pelas autoridades e que, porém jamais se tornaram realidade.

O governador do Rio não é bobo, quando começou a tragédia estava em férias pela Europa, afinal ele sabe que em janeiro permanecer no Rio é roubada Já a presidente eleita apareceu no Rio, o que já é um feito, porém para dar a entrevista patética ao lado de Sergio Cabral e já resolveu um problema de imediato, disponibilizar dois pares de bota tamanho 50 para o vice governador, não pode se dizer que ela não fez nada.


As autoridade, como de praxe, anunciaram que liberaram dinheiro para os desabrigados e para as reconstruções e culpam a população pelas construções irregulares, o lixo nas ruas e o crescimento desordenado nas encostas. Como se tudo isso não fosse dever do poder público fiscalizar e principalmente coibir.


O que existe de irônico nas tragédias é elas ocorrerem justamente no mês que recebemos os carnês de impostos, deve ser para deixar bem claro o quão mal nosso dinheiro é investido. Como se precisássemos de mais alguma coisa para perceber isso.


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