sexta-feira, 9 de agosto de 2013
Candidato do 10° Exame de Ordem faz greve de fome em frente à OAB
Assim como são periódicos os Exames de Ordem realizados pela OAB, são, também, tradicionais as manifestações contra eles logo após a divulgação dos resultados oficiais.
Longe de defender que não exista algum tipo de erro, mas se as pessoas dedicassem mais tempo aos estudos e menos a demonstrar suas indignações, a chance de serem aprovadas nos próximos exames, provavelmente, seriam maiores.
Também não fui aprovado no X - Exame, mas se foi algo tão absurdo, o que dizer das pessoas que foram aprovadas?
Ajustes e melhorias na aplicação do Exame sempre serão necessários, mas viver esse "mi mi mi" sem fim, culpando sempre a OAB, já deu o que tinha de dar, culpar apenas a OAB é não valorizar aqueles que obtiveram êxito na prova, será que a Ordem e seus aprovados estão totalmente errados e os reprovados que estão certos, deveríamos pensar um pouco nisso.
Sobre o manifestante, da matéria a seguir, o seu histórico não ajuda. (apenas uma piada interna)
Fonte: UOL
Desde a última terça-feira (6), a sede Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil, em Brasília, conta com um novo "morador". Trata-se de Antônio Gilberto da Silva, 47, que há mais de 50 horas só toma água, refrigerantes e soro. O bacharel em direito protesta contra a forma de correção do Exame da OAB e pede a anulação de itens da prova deste ano.
Gilberto, que mora em São Paulo, decidiu iniciar a greve de fome após a OAB decidir manter o gabarito final do 10º Exame de Ordem Unificado, realizado no dia 16 de junho.
"Cheguei aqui no domingo e participei dos protestos com outras cem pessoas. Depois da injustiça gritante desse exame, decidi parar de comer", diz.
Para realizar o protesto, Gilberto conta com a ajuda de outros bacharéis de direito. "Uma pessoa sempre fica as noites comigo para o caso de eu passar mal. A barraca e o colchão que tenho usado também foram emprestados. E sempre alguém me traz bebidas. Peço refrigerante pela quantidade de açúcar que tem, me mantém menos debilitado", diz.
Manifestante diz que correção de exame foi "porca"
Neste ano, Gilberto havia prestado a prova para direito do trabalho na segunda fase do exame. O manifestante se diz prejudicado na prova. "Algumas respostas minhas estão iguais às do gabarito, mas mesmo assim foram zeradas. A prova foi corrigida de forma porca. Os recursos não foram avaliados, tanto que as respostas foram todas padronizadas", afirma.
Ele afirma que foram questões sobre conteúdos de fora do edital no exame deste ano e pede a anulação da peça (entenda como é o exame da ordem no quadro ao lado) exigida na segunda fase da prova. "Não tínhamos informação suficiente para fazer a peça. Exigimos a anulação delas e a aplicação dos pontos aos alunos", diz.
O grupo que Gilberto participa denominado "Comissão de Injustiçados em Direito do Trabalho na 2ª Fase do 10° Exame da OAB" também pede transparência em relação a detalhes de como é feita a prova. "Queremos saber quem são os examinadores da banca, se são da FGV ou de uma empresa terceirizada. Queremos saber quais são os critérios de correção", diz Gilberto.
A prova deste ano foi organizada pela FGV. Dos 124.951 inscritos, 33.965 foram aprovados - uma taxa de 28,08%.
Outras greves de fome
Não é a primeira vez que o manifestante realiza uma greve de fome. Em 2005, quando trabalhava na Fundação Casa, Gilberto fez duas greves de fome: de 14 dias em São Paulo e de 22 dias em Brasília. Na época, ele conseguiu alcançar o objetivo de se encontrar com a então ministra do STF, Ellen Gracie.
Até o momento, nenhum representante da OAB foi conversar com o manifestante sobre possíveis negociações. Porém, o bacharel em direito diz que não pensa em acabar com a greve de fome enquanto a prova deste ano não for revista. Durante uma hora de conversa, disse umas cinco vezes a frase "só saio daqui morto ou com o direito adquirido".
A assessoria de imprensa da OAB foi procurada para comentar sobre o protesto, mas não foi encontrada.
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