domingo, 10 de fevereiro de 2013

Pé na Tábua, um evento que vale a pena prestigiar.


Preciso começar o texto esclarecendo duas curiosidades: ao contrário de "todo brasileiro" não sou apaixonado por carros, sempre preferi motos, e nunca me interessei por carros antigos. O que faz o meu encantamento pelo evento muito mais interessante.

Vamos a dois detalhes interessante, segundo ouvi dos organizadores, a ideia do evento surgiu, por brincadeira, em uma conversa pelo MSN entre dois dos idealizadores, e o nome "Pé na Tábua" - Corrida de Calhambeque - é que antigamente os carros tinham assoalho de madeira, então para correr pisava-se no acelerador até a "tábua" do assoalho.

Apesar de não ser apaixonado por automóveis, como já disse, sou fã de corridas, Fórmula 1 em especial, e nesse evento estaria presente um tri-campeão da categoria, Nelson Piquet, o que já valeria o meu ingresso.

A cidade de Franca possui a fama, entre os moradores, de não ter "nada interessante para fazer", porém o Pé na Tábua é notícia por todo o país, o problema aqui são os moradores não saberem aproveitar os que acontece na cidade.

O evento é muito interessante, organizado e divertido. Afinal ver todos aqueles carros, que normalmente estão apenas expostos com uma plaquinha "Por favor, não toque", em movimento em uma pista de corrida e alguns chegando até a realizarem drift nas curvas, é fantástico.

O estacionamento interno do evento já é um espetáculo a parte, com muitos carros e motos, modernos e antigos, "expostos", não posso esquecer de citar o estande de uma importadora de veículos que deixou uma Ferrari, um Porsche, um Dodge e duas motos personalizadas em exposição durante o final de semana.

Apesar de todo glamour e dinheiro envolvido, a corrida mantém características de encontro de amigos, onde poucos estão ali realmente para competir e a maioria está revendo amigos e se divertindo. 

As "competições", entre aspas, pois já disse que poucos não estão apenas se divertindo, ocorrem dividas em 5 categorias, são elas:

Categoria Ford A - Obviamente com carros da marca Ford;

Categoria Speed - Modelos Speedsters são aqueles que representam os carros de corrida dos anos 20 e 30. Considerada a categoria mais rápida da competição, entre os veículos com mecânicas originais de época;

Miscelânea - Modelos de outras marcas que não sejam Ford;

Transplantados - A categória foi feita para calhambeques antigos mas com coração novinho em folha. Alguns veículos réplicas, desde que seus modelos inspirados sejam antes de 1936;
Marcha Lenta - É a prova mais de "velocidades" mais surreal que você verá, afinal ganha quem chega por último. Em uma pista de 50 metros em que o motorista fica do lado de fora, podendo mudar a direção do carro e até tentar segurá-lo, e o carro em funcionamento em "marcha lenta". 


Enquanto para assistir a um final de semana de Fórmula 1, em Interlagos, no setor G - o mais barato, você desembolsa um pouco mais de R$ 500,00 no ingresso, é condenado a beber Nova Schin a R$ 6,00, comer pizzas e lanches a preços um "pouco" acima da média e ter a disposição os banheiros químicos, no Pé na Tábua o ingresso do final de semana foi R$ 10,00, a cerveja era Budweisser a R$ 5,00, banheiros de alvenaria e um restaurante a disposição.

Comparar Fórmula 1 com o Pé na Tábua? Não é questão de escolher, mas quem encara a primeira com certeza irá aproveitar muito a segunda corrida e, como acontece em Interlagos, não esqueça de levar o protetor solar, já no Pé na Tábua a chuva só aconteceu após o evento.


A seguir dois vídeos, um drift e o tri-campeão em ação, e algumas fotos, detalhe para o Motor Home do Piquet.



Fotos:



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