Um dos principais problemas quando se discute a tal maioridade penal é que a maioria dos que defendem, tanto um lado como o outro, pouco conhecem da realidade. O melhor é assistir palestras de advogados, defensores públicos, assistentes sociais etc. pessoas que pouco, para não dizer nada, conhecem da realidade do país.
Apesar de não ser a respeito de um ato-infracional, segue a transcrição de um diálogo real:
"Dotor, preciso que o senhor me ajude...
Meu filho foi preso ontem. (o que ele estava fazendo?)
Estava vendendo umas coisinhas na esquina de casa. (quantos anos ele tem?)
Fez 18 o mês passado. (já passou pela Fundação?)
Saiu faz 40 dias. Mas o problema não é esse dotor, a policia quer o acusar de estupro. (mas qual a razão?)
É que quando ele foi preso estava com a namorada, mas é namorada dele há 2 anos já, a família sabe e tudo mais, não tem nada de estupro não dotor. (quantos anos tem a namorada dele?)
Ela tem 12 dotor, mas ele namora em casa, tudo certinho já faz 2 anos, não tem estupro não."
Achar que, simplesmente, escola resolve o problema da violência ou que crianças menores que 18 anos não sabem o que estão fazendo, apenas demonstra que a realidade é muito diferente daquela defendida através apenas de livros.
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