sábado, 21 de dezembro de 2013

As demissões na Unifran são um belo retrato do país.



É comum os brasileiros, com razão, reclamarem da nossa imensa carga tributária, o que faz com que o custo de vida no país seja muito alto, tal indignação surge rotineiramente quando se compara preços aqui e em outros países, quando se compara preço de automóveis a carga tributária fica mais que evidente.

Mas um belo retrato do país e dos brasileiros foi revelado após a divulgação das demissões feitas pelos novos proprietários da Universidade de Franca, para os que não sabem, após alguns meses de aquisição da UNIFRAN pelo Grupo Cruzeiro do Sul, os novos proprietários demitiram, por volta de, duzentos funcionários.

Nos comentários feitos pelas pessoas em rádios locais, jornais e internet foram ditas, entre outras coisas: "que falta de compaixão, fazerem isso próximo ao Natal", "por isso que o negócio é concurso público", "a empresa só pensa em dinheiro", "destruíram sonhos", "temos que boicotar a instituição", entre outras baboseiras.

Uma empresa não pode agir com "amor", "emoção" etc. é necessário a razão, a empresa precisa colocar "a cara" dela no novo empreendimento, agora a justiça do trabalho decidiu que a Cruzeiro do Sul tem 48 horas para reintegração dos demitidos, pois:

"Contudo, não é menos verdade que, quando sua atuação atinge direitos dos empregados, notadamente quando se trata de despedida coletiva (como é o caso), deve levar em consideração a finalidade social da propriedade..."

E assim vivemos o paradoxo brasileiro, reclamando dos impostos, ao mesmo tempo buscando uma vaga no funcionalismo público, a empresa paga uma fortuna de impostos - fora os investimentos em segurança que o Estado não fornece-  e ainda é "regulada" pelo governo por sua "função social".

Claro que os demitidos, no caso específico, possuem todas as razões para estarem tristes e indignados, mas o restante da população precisa entender que uma empresa tem por finalidade buscar lucros, gerando receita para novas contratações e fazendo com que o Estado receba cada vez mais impostos. 

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