segunda-feira, 23 de dezembro de 2013
Um aniversário mágico.
Quem nunca sonhou com aquela data de aniversário que mudaria completamente sua vida?
Na minha infância era comum os garotos esperarem os 14 anos, enquanto que as meninas ficavam ansiosas pelos seus 15 anos. Como se naquela data tudo fosse mudar, em um passe de mágica.
A garota sonhava em acordar linda e maravilhosa, sendo disputada por todos na escola, recebendo convites para festas etc, enquanto o menino queria ser o mais importante da escola, o galã entre as meninas, ser a referência para os colegas etc.
Mas era apenas mais um aniversário, apesar das comemorações, quem era feia, fraco, magro, baixa, desengonçado etc continuava exatamente como no dia anterior, a mágica não ocorria.
Passávamos a sonhar com o próximo dia, esse sim seria mágico, o aniversário de 18 anos, quando tiraríamos a CNH, seríamos independentes, nos tornaríamos homens ou mulheres irresistíveis, enfim, tudo mudaria. Mas pouca coisa mudava, a carteira de motorista não aparecia da noite para o dia, as responsabilidades eram as mesmas, as cobranças também e continuávamos fisicamente iguais eramos antes no dia anterior aos 18.
E não é que uma coincidência, fez com que eu conseguisse um aniversário com um toque de magia. Sou uma das poucas pessoas que possuem o certificado de conclusão universitária datado com a mesma data do aniversário.
Enfim, no dia do meu aniversário: deixei de ser estudante, passando a bacharel e, diferente da CNH, apenas aguardando a tão almejada carteira da Ordem dos Advogados. Impossível descrever a emoção do meu trigésimo sétimo, MÁGICO, aniversário.
Obs. Não faltou nem a "cereja do bolo", final da colação com direito a música do Queen: We Are The Champions
sábado, 21 de dezembro de 2013
As demissões na Unifran são um belo retrato do país.
É comum os brasileiros, com razão, reclamarem da nossa imensa carga tributária, o que faz com que o custo de vida no país seja muito alto, tal indignação surge rotineiramente quando se compara preços aqui e em outros países, quando se compara preço de automóveis a carga tributária fica mais que evidente.
Mas um belo retrato do país e dos brasileiros foi revelado após a divulgação das demissões feitas pelos novos proprietários da Universidade de Franca, para os que não sabem, após alguns meses de aquisição da UNIFRAN pelo Grupo Cruzeiro do Sul, os novos proprietários demitiram, por volta de, duzentos funcionários.
Nos comentários feitos pelas pessoas em rádios locais, jornais e internet foram ditas, entre outras coisas: "que falta de compaixão, fazerem isso próximo ao Natal", "por isso que o negócio é concurso público", "a empresa só pensa em dinheiro", "destruíram sonhos", "temos que boicotar a instituição", entre outras baboseiras.
Uma empresa não pode agir com "amor", "emoção" etc. é necessário a razão, a empresa precisa colocar "a cara" dela no novo empreendimento, agora a justiça do trabalho decidiu que a Cruzeiro do Sul tem 48 horas para reintegração dos demitidos, pois:
"Contudo, não é menos verdade que, quando sua atuação atinge direitos dos empregados, notadamente quando se trata de despedida coletiva (como é o caso), deve levar em consideração a finalidade social da propriedade..."
E assim vivemos o paradoxo brasileiro, reclamando dos impostos, ao mesmo tempo buscando uma vaga no funcionalismo público, a empresa paga uma fortuna de impostos - fora os investimentos em segurança que o Estado não fornece- e ainda é "regulada" pelo governo por sua "função social".
Claro que os demitidos, no caso específico, possuem todas as razões para estarem tristes e indignados, mas o restante da população precisa entender que uma empresa tem por finalidade buscar lucros, gerando receita para novas contratações e fazendo com que o Estado receba cada vez mais impostos.
quarta-feira, 11 de dezembro de 2013
Piadinha - A Bela Advogada
Quando Haroldo, um belo e promissor jovem Advogado, descobriu que herdaria uma fortuna quando seu pai morresse devido a uma doença terminal, decidiu que era uma boa hora para encontrar uma mulher que fosse a sua companheira para a vida fácil que se avizinhava.
Assim, numa determinada noite, ele foi até o bar perto da Ordem dos Advogados, onde conheceu uma Advogada, a mais bonita que já tinha visto em toda a sua vida.
Sua extraordinária beleza, o porte elegante, o corpo curvilíneo, a inteligência, a maneira de falar… Deixaram-no sem respiração.
-Eu posso parecer um advogado comum – disse-lhe, enquanto iniciava o diálogo para a conquista da musa – mas, dentro de dois ou três meses, o meu pai vai morrer e eu herdarei 20 milhões de euros.
Impressionada, a bela Advogada foi para casa com ele naquela noite.
Três dias depois, tornou-se sua madrasta.
terça-feira, 3 de dezembro de 2013
Maioridade Penal - A Audiência Pública.
Foi realizada em Franca, no dia 02 de dezembro, em um dos anfiteatros da Unesp, uma audiência pública com a finalidade de discutir a Maioridade Penal, o evento foi idealizado pelo Deputado Federal Dr. Marco Aurélio Ubiali.
Para aqueles que se interessam pelo assunto e não compareceram, não perderam nada, um assunto tão relevante, entre tantos que precisam ser colocados em discussão no país, foi tratado de forma maniqueísta, contras ou a favor, sem apresentarem uma terceira via que visasse o combate a criminalidade envolvendo menores de 18 anos.
A mesa repleta de profissionais com excelentes currículos, não foi suficiente e a discussão ficou a desejar. Basicamente: não resolve diminuir a maioridade penal, contra: a população precisa de uma resposta rápida, e a diminuição é uma possibilidade.
Embora as falhas na aplicação integral do ECA tenha entrado em pauta, ninguém levantou os problemas existentes na forma de aplicar medidas socioeducativas, atualmente, em adolescentes que cometeram atos infracionais, ou seja, adolescentes que cometeram crimes e encontram no ECA medidas totalmente permissivas para a sua ressocialização.
Acabou virando um discurso quase uníssono dos velhos problemas nacionais, falta de políticas públicas, investimento em educação, saúde etc.
E não posso deixar de destacar dois pontos negativos, o representante da OAB que, concordou com alguém da platéia, que seria uma medida racista - diminuição da maioridade penal, como se o problema da justiça fosse contra pretos e não contra pobres, e ainda tentou levantar o problema da homofobia.
Minha opinião sobre a homofobia e o racismo no país é a seguinte: que país racista é esse, que tem o líder de um dos três poderes, o judiciário, um negro e que país homofóbico permite que o personagem principal na televisão aberta seja um gay? Mas que são ótimas bandeiras para ocultar problemas reais e aproveitadores se lançarem como defensores dos oprimidos, sem dúvida que são.
E o outro destaque ficou com o advogado que, não pertencia a mesa mas pediu a palavra para uma breve explanação, criticou os que sugerem que o país observe a legislação de outros países, por esses terem culturas e religiões diferentes, falou do nossos problemas com a criminalidade, dos problemas com a estrutura familiar, mas não trouxe nada de novo, apenas repetiu o que a sociedade já sabe.
A retórica sobre problemas sociais, falta de políticas públicas, ausência de vontade política, entre outras afirmações, não vai fazer com que a violência e nossa realidade sofra alguma transformação. Precisamos de soluções, mesmo que paliativas, mas que sejam implantadas e aperfeiçoadas afim de proporcionar um pouco mais de segurança a população do país.
segunda-feira, 2 de dezembro de 2013
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