quinta-feira, 28 de novembro de 2013

Brasileira: de babá a professora universitária nos EUA.


Depoimento muito interessante, principalmente, na atual situação dos brasileiros, onde cada vez mais: o "Exame da Ordem é injusto", "cotas raciais são necessárias", meritocracia entre professores "um desrespeito a classe" etc.

Antes que alguém diga: "isso só acontece nos EUA", mentira, isso só acontece com pessoas que ao invés de se colocarem como vítimas, encaram os desafios e tentam mudar o rumo de suas vidas.

Fonte: FOLHA

Babá brasileira virou professora universitária e luta por direitos dos domésticos nos EUA


Há 20 anos, a brasileira Natalicia Tracy desembarcou nos EUA acompanhada de um casal de médicos, também brasileiros, que a contrataram para ser babá por um período de dois anos, enquanto eles realizariam pesquisas em um hospital de Boston.

Ela pretendia aproveitar a oportunidade para ir à escola, aprender inglês e, assim, procurar um novo emprego quando voltasse. Porém, foi impedida de estudar, de falar com a família e submetida a condições degradantes. Hoje, ela é ativista, diretora do Centro do Imigrante Brasileiro em Massachusetts e Connecticut e uma das lideranças na ampliação dos direitos dos trabalhadores domésticos no país. Leia o depoimento dela:




Eu entrei nos Estados Unidos há 20 anos com documentação em dia: tinha um visto pelo contrato de babá para cuidar da criança de um casal de médicos brasileiros, que veio morar aqui para desenvolver pesquisas em um hospital em Boston.


Quando ainda estávamos no Brasil, eles me prometeram que eu poderia estudar, conhecer a cultura americana e aprender inglês, que era o que eu mais queria, porque eu só tinha estudados até a oitava série.


Viajei cheia de expectativas, mas não foi isso o que aconteceu quando cheguei.


Além de cuidar da criança de três anos, fiquei responsável por todo o trabalho doméstico: cozinhar, lavar e passar. Isso acontecia de segunda a segunda, sem folga.


Não me deixaram ir para a escola. E logo tiveram uma segunda criança, o que aumentou o meu trabalho e acabou com o meu sonho de estudar inglês.


No começo, me deram um quarto, mas depois, como recebiam muita visita, me colocaram para dormir em um colchão no chão da varanda.


O local era protegido apenas por um vidro bem fininho, e quando chegou o inverno, eu tinha que cobrir o chão com jornais e usava o aquecedor portátil.


Fiquei doente e tive uma reação alérgica por causa de um produto para limpar o tapete. Não me levaram ao médico, mas permitiam que eu usasse o restante do produto de inalação da criança.


Comida, me davam só quando sobrava. Caso contrário, eu tinha de comprar.


Mas eu só podia escolher um sanduíche de US$ 1,00 no McDonald's porque o meu salário era de US$ 25 semanais.


Pegaram o meu passaporte dizendo que iam renovar o meu visto de trabalho, mas nunca renovaram. Eu fiquei ilegal nos Estados Unidos.


Quando eu pedia para estudar, a mãe dizia que eu era ingrata e que qualquer pessoa na minha situação beijaria o chão onde ela pisasse por ter me dado a oportunidade de estar em um país de primeiro mundo.


O pior de tudo foi terem me impedido de me comunicar com a minha família no Brasil. Diziam que o telefone era muito caro e não permitiam que eu colocasse meu nome na caixa de correio da casa deles. Naquela época, o carteiro não deixava as correspondências se o nome não estivesse na lista.


Dois anos se passaram e, quando chegou a hora de eles voltarem ao Brasil, eu pedi para ficar no país.


Quando eu andava na rua, sem saber falar inglês com ninguém, pensava até que seria melhor se um carro me atropelasse. Então, aprendi algumas palavras com um pequeno dicionário que eu trouxe na bagagem.


Achei no jornal de anúncios um emprego de babá para uma família americana. Eles me deram quarto, roupas novas, me pagaram o transporte para eu ir à escola e não aceitaram a minha oferta para trabalhar de graça. O meu salário era de US$ 100 por semana.


Fui para a faculdade, me casei com um americano, fiz mestrado e estou terminando o meu doutorado em sociologia na Boston University. Conheci a comunidade brasileira e me envolvi com o centro de imigração.


Hoje, sou professora na University of Massachusetts Boston e diretora-executiva do Centro do Imigrante Brasileiro em Massachusetts e Connecticut.


Em parceria com outras organizações, lutamos para ampliar os direitos dos trabalhadores domésticos nos Estados, uma questão sensível para a comunidade brasileira.


Muitos trabalham por hora na limpeza doméstica, mas os direitos são pouco reconhecidos nesses contratos. Me engajei nisso por causa da minha própria existência.


A gente que vem de família mais simples está muito acostumado a respeitar autoridade. Eu sabia que eu era invisível para eles, mas não questionava.


Hoje, depois de estudar, eu compreendi que o que os meus patrões brasileiros fizeram comigo naquela época foi tráfico humano.

segunda-feira, 25 de novembro de 2013

Inscrições para a Assistência Judiciária.


A data é muito interessante, porém, não para os Formandos de 2013.





sábado, 16 de novembro de 2013

Será que, realmente, temos o que comemorar?


Sem sombra de dúvida, o dia 15 de novembro de 2013 entrou para a história do país, afinal, ninguém esperava ver políticos poderosos sendo encarcerados. 



Mas, será que não é hora de continuar cobrando mudanças ao invés de, apenas, comemorar essa, ínfima, vitória?

Afinal:

O principal beneficiário do esquema, que levou essas pessoas a prisão, nem processado foi;

Eles cometeram corrupção, no mais alto grau do poder nacional, e foram condenados a "pena mínima";

As maiores penas foram dadas aos menos interessados no esquema.

Não esquecendo que enquanto isso: continuamos a assistir "crianças" de 15 anos roubando, matando e sendo tratadas como crianças;

Criminosos que podem aguardar em liberdade até o último recurso, depois de presos passam datas "especiais" fora das cadeias e acabam não voltando.

A violência cada vez mais comum em nosso cotidiano.

Usando o clássico exemplo do futebol: a prisão dessa quadrilha não foi uma vitória, mas sim apenas um gol, como estamos perdendo de goleada, devemos deixar de comemorar, buscar a bola no fundo da rede e recomeçar a partida aproveitando o bom momento. 


quarta-feira, 13 de novembro de 2013

Novas roupas para os Ministros do STF


O julgamento da Ação Penal 470, conhecida como Mensalão, será inegavelmente um marco no Judiciário brasileiro. Não só nos quesitos recursos.

A tradicional vestimenta dos Ministros do STF também sofrerá mudanças por conta dessa ação, a tradicional toga será substituída por uma roupa mais adequada para situações de stress entre os Ministros, antes mesmo da publicação da licitação, duas empresas conceituadas já divulgaram interesse em participar, são elas: Keiko e Koral.


Obs. é claro que é uma piada, mas alguns Ministros, acredito, queriam muito aplicar um "mata-leão" em outros.


São Paulo aprova 9,77% no XI Exame de Ordem


Fonte: OAB

O Estado de São Paulo teve 2.148 aprovados no XI Exame de Ordem, de acordo com o resultado preliminar. O resultado final, com a avaliação dos recursos, será divulgado no dia 19 de novembro. Até o dia 14 de novembro estão abertas as inscrições para o XII Exame de Ordem Unificado.

São Paulo aprova 9,77% no XI Exame de Ordem
As inscrições para nova edição do Exame vão até 14 de novembro

“O índice de aprovação pouco inferior a 10% reforça o alerta que a OAB SP faz, repetidamente, sobre a qualidade dos cursos de Direito, que passaram por um amplo crescimento nas últimas décadas, sem a preocupação em formar adequadamente os bacharéis. O Exame de Ordem exige conhecimentos mínimos para que o futuro advogado não coloque em risco os direitos dos clientes”, avalia Marcos da Costa, Presidente da OAB SP.

No Estado de São Paulo, o índice de aprovação foi de 9,77%, sendo que, dos 21.960 candidatos inscritos, 2.148 tiveram sucesso. Entre os 33 municípios em que as provas – primeira e segunda fases – foram aplicadas, Franca, Dracena e SJ Boa Vista foram os que tiveram melhores índices de aprovação: 25,2%, 14,18% e 13,64%, respectivamente. Taubaté e Guarulhos ficaram empatadas com os piores índices (6,42% nos dois casos), seguidas de Assis (6,43%) e São Bernardo do Campo/São Caetano do Sul (6,77%).

Na capital, foram 8.075 inscritos para o XI Exame de Ordem, sendo que 753 conseguiram a aprovação, resultando em índice de 9,33%. Estes índices de aprovação levam em conta o total de inscritos, sem reduzir este número em caso de abstenção.

Veja os dados por cidade.

segunda-feira, 11 de novembro de 2013

OAB terá 'sistema de repescagem' no próximo exame da Ordem


Fonte: Folha

A OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) aprovou um sistema de "repescagem" no exame da Ordem, obrigatório para os bacharéis em direito que queiram advogar.

A mudança faz com que os candidatos reprovados na 2ª fase da prova (que é dissertativa) não precisem voltar para a 1ª etapa (prova objetiva) no exame seguinte. Eles vão direto para a 2ª fase. Se o candidato não passar na 2ª fase de novo, porém, voltará para o início do percurso e terá de refazer a prova da 1ª fase.

A alteração passa a valer já na próxima prova nacional, cuja 1ª fase acontece no dia 15 de dezembro. Segundo a Ordem, o número de inscritos para o próximo exame já é de 110 mil.

Ainda não dá para saber se a medida vai aumentar a quantidade de candidatos aprovados. Hoje, em média, 35% deles chegam à 2ª fase e só 20% dos inscritos recebem a carteirinha da Ordem.



APROVAÇÃO

A expectativa da OAB é que a porcentagem de quem passa suba muito pouco: um ou dois pontos "no máximo".

"A repescagem vai ajudar quem não passou na 2ª fase porque ficou nervoso. Essa pessoa terá uma nova chance sem ter de fazer as questões objetivas de novo", avalia Leonardo Avelino Duarte, coordenador nacional do exame da Ordem.

"Mas os despreparados e aqueles que não estudaram serão reprovados", diz.

A repescagem é uma demanda antiga da classe de advogados. A medida foi aprovada por unanimidade pelo Conselho Federal da OAB.

INICIATIVA AGRADA

"É uma iniciativa boa. O candidato ganha alguns meses para se preparar para uma nova tentativa com foco na 2ª fase", avalia Marco Antonio Araujo Junior, vice-presidente acadêmico do Damásio Educacional, escola que oferece cursos preparatórios para o exame da Ordem.

Para a advogada Larissa Colombo, 23, ir direto para a 2ª fase depois de ter sido aprovada na 1ª etapa uma vez facilita. Isso porque a fase anterior é muito "genérica".

"Fui reprovada duas vezes na 1ª fase. Quando passei para a 2ª, fui aprovada na OAB", conta. "O exame é o terror dos estudantes de direito."

Outra modificação é a publicação dos nomes de quem supervisiona as questões da prova -o que também era uma reivindicação antiga.

quarta-feira, 6 de novembro de 2013

Curso de Peticionamento Eletrônico - OAB Franca.


Para aqueles que estão pensando em trabalhar na área:





segunda-feira, 4 de novembro de 2013

Eles já venceram o Exame da Ordem. (2)


Logo após as férias de junho de 2012, a Universidade de Franca colocou um banner, no bloco do curso de Direito, com o nome dos alunos que alcançaram êxito no Exame de Ordem, alunos que ainda estavam iniciando o 5º ano do curso de direito, quando prestaram a prova.

Na época parabenizei os aprovados aqui!

Desde então, sempre imaginei o quanto seria interessante figurar na lista em 2013. Já pensou? Estar aprovado, antes do término do curso, em uma prova que muitos consideram, com certo exagero, extremamente difícil?

Infelizmente, não tive êxito na realização do meu objetivo de conseguir a aprovação e, diferente de 2012, a Universidade não fez a mesma homenagem aos aprovados no primeiro Exame de 2013.

Como os aprovados no X Exame da Ordem são meus colegas de turma, não poderia deixar de parabenizá-los, mesmo que, no blog, tardiamente. 

Parabéns aos que venceram o, temido, Exame de Ordem quando mal haviam entrado no 5º ano. 


Ketsia Lohaine
Elainea Violin
Érica Alves
Fabiana Medeiros
Lídia Blanco
Marília Nascimento
Pedro Costa
Thales Starling
Wellington Estevam

sexta-feira, 1 de novembro de 2013

Há 5 anos...


Passa muito rápido, embora muitas vezes durante a "viagem" pensamos que dura uma eternidade.

Um pequeno, ínfimo na verdade, resumo daquilo que passamos.