Quando ingressei na graduação em Direito, lembro de uma das primeiras aulas que assisti, com um dos melhores professores que tive durante toda a graduação e o principal responsável por eu não ter abandonado o curso ainda no primeiro ano.
Uma aluna perguntou a ele, como um advogado poderia defender um criminoso, que ela não seria capaz de tal feito, ele com a paciência e conhecimento de sempre, citou um autor, que infelizmente não me lembro, e explicou:
"Cabe ao advogado se colocar ao lado de seu paciente, em qualquer situação, se o cliente está sentando na sarjeta sendo humilhado, é obrigação do advogado sentar ao seu lado passar pelas mesmas humilhações se colocando sempre ao lado daquele que defende".
Confesso, que ao ouvir aquilo, pensei que não passava de romance barato a tal história.
Mas quando você começa advogar, principalmente bem no início, você se coloca no lugar do cliente e passa por tudo junto com ele, as vezes, muitas vezes, sofre até mais que ele, afinal, você não está acostumado, enquanto que muitas vezes eles estão.
Outra situação comum no início do labor na advocacia é a falta de confiança (sendo mais claro, o medo de errar e algum juiz te esculachar).
Mas existe juízes e juízes, assim como advogados e advogados, alguns acreditam ser deuses, nas duas profissões, e normalmente, quanto maior o ego menor a competência.
Mas o que o José Eduardo Cardozo tem a ver com tudo isso? Tudo.
Quem acompanhou a defesa "apaixonada" que ele fez para a presidente e os despachos que recebeu dos juízes em razão delas, deixa claro, todo advogado está sujeito as mesmas Intempéries no exercício da profissão que escolheram.
Quem acompanhou a defesa "apaixonada" que ele fez para a presidente e os despachos que recebeu dos juízes em razão delas, deixa claro, todo advogado está sujeito as mesmas Intempéries no exercício da profissão que escolheram.