É novamente época de responsabilizarem meu cliente por todas as mazelas que assolarem o país.Justamente ele, que é sinônimo de alegria e descontração nos seus quatro dias do ano.
Vociferaram:
“É a festa da carne...”
“O pessoal só sabe encher a cara nessa época...”
“As mulheres não se dão o devido respeito...”
“Onde já se viu essa pegação...”
“Carnaval só tem briga...”
“Você vai ver o tanto de acidentes nas rodovias...”
e inúmeras outras besteiras.
Antes de todo esse modismo - chato - do "politicamente correto", ele já tinha como seu rei: um homem gordo, na maioria das vezes negro, e uma mulata como embaixadores oficiais.
Está passando da hora das pessoas simplesmente dizerem: Não, eu não gosto de carnaval. Ao invés de ficarem com essa gritaria barata e sem sentido para com as pessoas que, diferente delas, apreciam o Carnaval.
Deixemos claro:
“Festa da carne" é churrasco.
O pessoal bebe o ano todo, desde quando precisam esperar o carnaval? E nem me venha com esse papo de que no carnaval "isso aumenta", balela, qualquer joguinho de futebol, que dirá na copa, todo mundo aproveitar para "encher o caneco".
Também já passou da hora das pessoas notarem que homens e mulheres são iguais, assim sendo, quem decide o que é melhor na busca pelo próprio prazer são os mesmos.
Esses beijos variados - assim dizendo - são comuns em qualquer show, festa, shopping etc. nos dias atuais. E qualquer escola de nível médio, não deixa nada a desejar aos trios elétricos da Bahia, em relação aos calientes beijos encontrados lá durante o carnaval.
Se briga fosse exclusividade do Carnaval, não teria visto sangue em tantas festas de peão, shows de rock e festas que já fui.
São normais o aumento no índice de acidentes durante feriados prolongados, isso não é exclusividade do Carnaval. Bebida, direção, falta de atenção e estradas mal conservadas e sinalização a longe do ideal resultam em acidentes, e como nos feriados, Carnaval, por exemplo, o fluxo viário aumenta, está feito a mistura que resulta no aumento de acidentes.
Você não é obrigado a gostar do Carnaval, mas culpá-lo por todas as mazelas que convivemos o ano todo, não passa de uma tremenda de uma injustiça.